Em 2104 eu fui sorteado para ir ao WWDC. Ter contato com pessoas incríveis, toda voltada em torno de do ecossistema da Apple. Com várias soluções…  minha cabeça fervilhou e pensei: “quero fazer parte disso, vou pensar em algum produto”.

Como em 2013 eu tinha começado a tomar gosto por corridas de rua, inicialmente para largar mão do sedentarismo e depois porque clareia a mente, fiquei imaginando algo nessa área. Eu já usava o smartphone para acompanhar meus treinos, o que fez eu melhorar cada vez mais, inclusive recebendo em tempo real os batimentos cardíacos. Mas correr com smartphone é muito chato e trabalhoso para mim, imagine para as pessoas ‘normais’.

Em setembro de 2014 a Apple lança relógio inteligente e digo: “desse mato, sai coelho”. Quando comecei a usar um fiquei fascinado. Não só porque fez com que  minha assiduidade com os treinos aumentasse, mas, porque eu conseguia monitorar minha evolução de forma automática. Porém ainda sim, precisava andar com iPhone.

Agora com o Apple Watch 3 não há necessidade de ter o iPhone a chegou a hora.

Desde 2015 penso em uma solução para área da saúde e consegui bolar uma que:

  • Promove um estilo de vida saudável
  • Alerta sobre maus hábitos para que sejam tomadas as devidas providências.

E usa

  • Weareable /IoT,
  • Big Data
  • Blockchain
  • Inteligência artificial (machine / deep learning).
  • Telemedicina

Agora vejam a matéria publicada em 16 de julho de 2018 pelo Michel Levy (CEO da Zatix Tecnologia e Membro do Conselho do Grupo Benner. Foi CEO da Saraiva, Presidente da Microsoft no Brasil e Vice-Presidente de Operações da TIM)

Nenhuma revolução na área da saúde será tão impactante quanto as que nascerão na maternidade da Internet das Coisas

Na corridinha matinal seu relógio inteligente monitora seus batimentos cardíacos e a oxigenação, alimentando seu prontuário eletrônico que está na nuvem e pode ser acessado pelo seu cardiologista em tempo real. Ao chegar em casa, seu celular conectado a um sensor subcutâneo implantado no seu braço dá um alerta de que você esqueceu de tomar sua medicação. Ao usar o vaso sanitário, um teste de urina pode descobrir uma infecção ou, surpresa!, uma gravidez.

Nenhuma revolução na área da saúde será tão impactante quanto as que nascerão na maternidade da Internet das Coisas e que nos próximos anos deixarão o berçário para levar a transformação digital aos consultórios, aos hospitais, aos laboratórios e, acredite, até mesmo à sua casa.

Duvida?

Pois saiba que o Google registrou recentemente uma patente para monitorar a saúde cardiovascular de pacientes através de dados coletados em banheiras ultrassônicas, assentos sanitários sensíveis à pressão, sensores no espelho e outros dispositivos que estarão instalados em um banheiro inteligente projetado para auxiliar no acompanhamento de pacientes com problemas cardíacos.

Do conforto do lar, sem precisar marcar uma consulta, o paciente poderá acompanhar continuamente seu estado, fazer exames e diminuir riscos de ocorrências mais graves tomando medidas preventivas assim que receber o diagnóstico. Com isso, reduzirá os gastos com saúde e visitas desnecessárias ao médico. O sistema de saúde, seja público ou privado, também se beneficiará ao ter condições de identificar e priorizar os casos mais graves, reduzindo assim o custo do tratamento de doenças crônicas.

Big Data

O prognóstico é claro: a Internet of Healthcare Things (IoHT) ou Internet of Medical Things (IoMT) irá trazer impactos sem precedentes na história da medicina. Uma pesquisa da Aruba Networks indica que 87% das organizações de saúde irão adotar a IoT até 2019. A IDC (International Data Corporation) prevê que no próximo ano 40% delas estarão utilizando biosensores. A eMarketer projeta que esse será um mercado de impressionantes US$ 163 bilhões em 2020.

Como nas demais indústrias, a principal vitamina da Internet das Coisas e sua principal aplicação na medicina é o Big Data.

A empresa de análises de mercado Marketsand Markets avalia que em 2021 o mercado global de wearables (tecnologias vestíveis) de saúde será de US$ 12 bilhões. A empresa de pesquisa Berg Insight prevê que, no mesmo ano, existirão mais de 50 milhões de pessoas monitoradas por equipamentos conectados, que irão abastecer continuamente bancos com dados sobre a saúde da população, permitindo, por exemplo, antecipar uma campanha de vacinação ao prever a iminência de uma epidemia ou avaliar quais terapias estão trazendo melhores resultados para determinado tipo de câncer.

Minerando dados provenientes de diversas fontes e apoiados por algoritmos, os profissionais da saúde – médicos, laboratoristas, pesquisadores e enfermeiros – contarão com um poderoso sistema de Electronic Healthcare Records (EHR) para identificar patologias, receber recomendações para definir os tratamentos mais indicados e acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos a partir de testes em grupos de indivíduos monitorados.

É um caminho sem volta. As principais empresas de tecnologia do mundo já embarcaram na IoMT, fazendo uso intenso de Inteligência Artificial.

A IBM colocou a inteligência artificial do Watson para analisar dados de saúde recebidos de aparelhos conectados. A Philips fechou parceria com a Salesforce.com para criar uma plataforma que integra equipamentos médicos para extração e análise de informações recolhidas através de prontuários, exames de imagem e wearables. Intel e Microsoft também são atores importantes da nova revolução da IoT na medicina de precisão, sustentada pela associação da Inteligência Artificial com a robótica e a computação em nuvem.

Além do Big Data, outras aplicações de IoT já vêm garantindo maior qualidade de vida aos pacientes. A Roche distribui um monitor que, implantado sob a pele, envia para um app no celular os índices de glicose dos diabéticos. Desenvolvidas pelo Google e licenciadas pela Novartis, lentes de contato analisam as lágrimas dos pacientes para também medir os níveis de açúcar no sangue.

Mas incrível mesmo são os sensores ingeríveis da Proteus Digital Health. Basta engolir uma pílula que dissolve no estômago e produz um pequeno sinal transmitido para um app para avisar o paciente se ele está ou não seguindo o tratamento e tomando sua medicação de forma correta.

A IoT viabilizará uma medicina mais assertiva, preventiva e, por isso mesmo, menos custosa, o que é uma boa notícia considerando a perspectiva de envelhecimento da população mundial, que contabilizará 1,2 bilhão de idosos em 2025.

Ela possibilitará o monitoramento dos pacientes em casa e o acompanhamento de idosos remotamente. Se associada aos serviços de orientação médica, os médicos estarão conectados realizando consultas via vídeo conferência e, assim, teremos menor impacto no fluxo de pessoas nos ambulatórios dos hospitais. Os grandes hospitais irão, a cada dia, se especializar cada vez mais na alta complexidade.

Estudos divulgados recentemente pela Topmed mostram que, somente com os serviços de orientação médica, 34% dos pacientes deixam de ir às emergências e 40% já são encaminhados a um médico especialista, evitando o desperdício.

Segurança

No entanto, um ponto de atenção são os riscos inerentes de vazamentos de dados pessoais extremamente sensíveis, o que já chamou a atenção de empresas de segurança de TI como Intel, Oracle, IBM e Cisco, todas empenhadas em disputar o mercado de soluções de segurança para healthcare.

Pior do que ter seus dados expostos (já imaginou?) seria se seu marcapasso ou o monitor que controla a dosagem da sua medicação fossem ‘hackeados’. Um estudo da Healthcare Informatics indicou que no ano passado 45% dos ataques de ransomware foram contra indústria de healthcare.

Riscos à parte, o fato é que, com o crescimento exponencial da IoT no mundo de healthcare, médicos dificilmente prescreverão algum tratamento ou medicação sem antes consultar seu prontuário eletrônico na nuvem e compará-lo com milhares de casos semelhantes. Por isso, se quiser ser tratado pela IoMT, esteja disposto para ser monitorado o tempo todo, a toda hora, em qualquer lugar.

O acesso à sua saúde estará em suas mãos!

 

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